22 julho 2012

CIÊNCIA ANIMAL - OS ANIMAIS TÊM, SIM, CONSCIÊNCIA!!!


"Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low

Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas

Marco Túlio Pires, de VEJA


Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas


O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente.

Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.

Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:

Veja.com - Quais animais têm consciência?
P. L. -Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.

Veja.com - É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos?
P. L. - Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.

Veja.com - Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência?
P. L. - Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.

Veja.com - Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Philip Low - Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.

Veja.com - Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais?
 P. L. - Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.

Veja.com - Qual é a ambição do manifesto?
P. L. - Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.

Veja.com - As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento?
P. L.  - Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.

Veja.com - O que pode mudar com o impacto dessa descoberta?
P. L. - Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

Fonte: site Exame.com

20 julho 2012

FELIZ DIA DO AMIGO!

Para todos os amigos...


Desejo um maravilhoso dia...


Que a amizade dure para sempre...


E que aqueles amigos que ja se foram saibam que estão sempre em nossas memórias...


E os amigos que estão por perto sintam sempre quanto são amados...


E se você ainda não tem um amigão, não perca tempo, adote um!


Dê um abração em seu melhor amigo hoje, e todos os dias, afinal, todo dia é dia do amigo!





FELIZ DIA DO AMIGO!

02 julho 2012

COMO ALIMENTAR UM FILHOTINHO?

O que fazer quando se tem um filhotinho bem novinho em casa, ou quando a mãe rejeita ou não consegue dar conta de uma ninhada muito grande? Quando é a hora do desmame?
Vejamos a seguir, mas antes, vamos entender alguns pontos.


18 filhotes? Alguém me ajude!!!

O que é o colostro?
O colostro materno é produzido pelas glândulas mamárias das fêmeas até 72 horas após o parto. Ele auxilia no desenvolvimento intestinal dos filhotes, reduz a quantidade de bactérias nocivas e levam ao intestinos as bactérias da microbiota saudável intestinal. O colostro também é responsável por fornecer ao filhote a chamada "imunidade passiva", que são os anticorpos da mãe transportados através do leite para o corpo do filhote, impedindo que pegue doenças, infecções e reduzindo o risco de alergias quando este for adulto. 
Os filhotes nascem desprotegidos - O organismo do filhote nasce imaturo e vai se desenvolvendo durante a fase de crescimento neonatal. Por isso, durante as primeiras semanas de vida, o aleitamento materno é essencial para sua vida. Esta "imunidade passiva" protege o filhote até ele completar 12 semanas de vida.

Delícia!
Quando introduzir alimento ao filhote? 
O desmame dos filhotes, numa situação normal, deve ser espontâneo. A própria mãe vai deixando de amamentar os bebes aos poucos, e para isso, no período de transição, os filhotes devem começar a receber alimentação específica para filhotes e de excelente qualidade, molhada e amassada para facilitar a sua ingestão. Após as 5 semanas, já se pode deixar o alimento um pouco mais duro, aos poucos, sempre observando a aceitação e adaptação dos filhotes, mas eles ainda mamam. Depois das 12 semanas de vida, o filhote já está desmamado e deve receber a ração 3x ao dia, pelo menos até completar 6 meses.
Ele irá comer ração de filhote até se tornar adulto.



Veja a tabela (clique para ver em tamanho maior):

As diferentes fases alimentares dos filhotes e o desmame


O que fazer se o filhote não pode mamar na mãe?
 Se por algum motivo o filhote não pode ser amamentado com o colostro ou leite materno, existem algumas opções:
- Conseguir uma ama de leite: Pode-se colocar o filhote para ser amamentado por outra fêmea que tenha parido recentemente poucos filhotes, ou que perdeu suas crias, e esta irá amamentá-lo como se fosse seu filhote. Esta é a melhor opção, porém não é fácil de se encontrar e a fêmea também pode não aceitar o filhote e machucá-lo, fique atento!


Gatinho tomando fórmula na mamadeira

- Leite em pó para cães e gatos: Esta é a opção que vai salvar a maioria dos filhotinhos. No mercado já existem fórmulas especiais para se misturar à água morna e oferecer numa mamadeira especial ou chuquinha para os filhotes a cada 3 horas até pelo menos os 30 dias e depois já pode ser oferecido o leite em um potinho. Realmente não é fácil cuidar de um filhotinho, mas é preciso, pois ele é igual um bebê recém-nascido! Existem fórmulas de diversas marcas e os preços variam bastante. Encontre aquela que melhor se adapta a você e seu filhote.
(Atenção: A fórmula para desmame não é a fórmula de amamentação! Elas são diferentes! Nesta fase da vida a fórmula desmame não irá nutrir o animal que correrá risco de morte, procure por substituto do leite, e específicamente para cão ou gato!)

Recém-nascido mamando na mamadeira

- Fórmula prescrita pelo médico veterinário: Eventualmente o seu médico veterinário poderá lhe fornecer uma receita para se fazer em casa o "leite" do seu animalzinho. Isso vai variar muito com a idade, o estado de saúde, as condições do proprietário, etc. Siga sempre a orientação do seu veterinário e sempre amamente a cada 3 horas!

Qual a hora certa para separar o filhote da mãe?

Que orgulho!

O ideal é que se aguarde pelo menos até os filhotes completarem 45 dias de vida, quando o filhote já está completamente desmamado, comendo muito bem, saudável e mais independente.
Evitar sempre retirar todos os filhotes da mãe de uma só vez, pois pode causar estresse desnecessário ( a mãe pode ficar dias procurando os filhotes) e empedramento do leite. Retirar sempre um de cada vez ao longo de uma semana.
Sempre mandar o filhote ao novo proprietário com a indicação da ração que ele já está acostumado a comer e orientá-lo que, caso vá mudar a ração, que se faça gradativamente ao longo de 1 semana, e aguardar primeiramente ele já estar habituado à nova casa.

E se o filhote ainda tem dificuldades de comer a ração após o desmame?
Alguns filhotes tem maior dificuldade em se adaptar ao alimento seco. Para ajudá-lo procure sempre oferecer rações de excelente qualidade (veja aqui como escolher a melhor ração) pois além de melhor nutrir o filhote ela é sempre mais palatável e satisfará o paladar do seu PET.
Se ele tiver dificuldade ainda, utilize a papinha de desmame, também disponível nas PetShops, e misture um pouco da papinha à ração moída. Isso facilitará que ele coma. Vá reduzindo a quantidade de papinha aos poucos até ele estar completamente adaptado à ração seca.


Ração de filhote amolecida durante o desmame


Então estas são as dicas para os donos de filhotinhos. Sempre procure orientação do médico veterinário!

Dúvidas ou sugestões? Mande-me um email: tatiware@gmail.com ou deixe um comentário!
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Até mais pessoal!